No último mês de novembro, a Microsoft anunciou a criação da Iniciativa Women Entrepreneurship (WE), que visa fomentar o empreendedorismo feminino em tecnologia. Nesta quinta-feira (12/03), o programa anunciou as primeiras startups selecionadas cujas fundadoras receberão aporte de capital e capacitação para seus negócios de base tecnológica.
Mulheres no poder
Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil, abriu o evento falando sobre a importância da iniciativa para a companhia. "A Microsoft vem trabalhando, mundialmente, na questão da diversidade. Neste caso, especialmente, de gênero. Ainda não chegamos lá, mas estamos trabalhando para sermos uma empresa modelo", diz.
Para ela, o papel de empresas de tecnologia no debate pela equidade de gênero é amplo, em especial para os CEOs. "Nosso papel vai além do lucro. Então nós, líderes de mercado, temos o dever de promover impacto social e ambiental positivo. Por isso, a minha voz, como CEO, passa a ser ouvida e ter um peso", diz. "Eu tenho o papel de ser embaixadora deste tema e criar práticas para sermos uma empresa cada vez mais inclusiva."
O estudo "Closing the Gender Gap", da McKinsey & Company, apontou que se houvesse equidade de gêneros no mundo dos negócios, o PIB mundial teria um acréscimo de US$ 28 trilhões em 10 anos, valor superior ao PIB dos Estados Unidos, por exemplo. Só no Brasil, o PIB aumentaria US$ 850 bilhões neste caso.
Investimento
O Fundo BR Startups, fundado pela Microsoft há cinco anos, já investiu em cerca de 15 empresas. Todas elas, no entanto, fundadas por homens. Para mudar este cenário, a companhia apostou em parcerias para iniciar o projeto WE. Entre elas, estão Sebrae Nacional, Bertha Capital e Belvedere Investimentos. A partir de hoje, juntam-se também ao time de parceiros as empresas Flex, Pacto Energia e Grupo Sabin.
O Fundo WE Ventures, que aportará capital nestas startups, já nasceu com R$50 milhões captados. O objetivo é que chegue a R$100 milhões nos próximos cinco anos para investir em empresas de base tecnológica. Para serem elegíveis, portanto, as startups devem ter mulher no cargo de liderança, que seja detentora de, pelo menos, 20% do capital social da empresa.
"Nosso objetivo é gerar retorno financeiro e desenvolvimento sustentável. Hoje, por exemplo, startups fundadas por mulheres recebem 50% menos dinheiro de fundos de investimento, e apenas 2% destas empresas são fundadas por mulheres. Por isso, queremos mudar essa realidade, impactando estas empreendedoras desde a fase da ideação até as rodadas mais robustas de investimento", explica Marcella Ceva, CIO da WE Ventures.
Startups
A WE Ventures está investindo capital agora em duas empresas: a startup Pack ID e a WE Impact, um braço do fundo para investimento de capital estratégico, através de seu programa de desenvolvimento de startups. O programa oferece mentorias, estação de trabalho e capital para solidificar as startups em estágios iniciais.
Foram anunciadas as primeiras quatro startups que receberão apoio da WE Impact, são elas: Dinie, Afinando o Cérebro, Exemplaria Solutions e AI Robots. Além disso, mais 14 startups também farão parte do programa Women Entrepreneurship, estas já no estágio conhecido como "vale da morte", isto é, fase em que há mais risco de mortalidade destas empresas.
São elas: Raks Tecnologia Agrícola, EntregAli, DNA da Educação, Tamboro, Abler Recrutamento Digital, Uffa, Ananse, Você Tech, Wecondo, Pontue - Redação Inteligente, Soul.Med, Logpyx, Cash.in e Coopark.
Por fim, Lícia Souza, CEO do WeImpact, completa: "Melinda Gates diz que 'quando investimos em mulheres e meninas, estamos investindo em pessoas que investem em todos os outros'. O nosso ecossistema está só começando agora. E o resultado será bom pra todo mundo."
Fonte: Computerworld
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